quarta-feira, 31 de março de 2010

Olha só que bacana, fiquei sabendo que Curitiba já ganhou este prêmio

Curitiba é finalista do prêmio mundial Globe Award

Curitiba é uma das seis finalistas do prêmio mundial Globe Award, na categoria Cidade Sustentável. O prêmio é organizado pelo Globe Forum, na Suécia, onde acontecerá a premiação, no dia 29 de abril. A cerimônia será no Museu Nórdico de Estocolmo.

Isto está no site da Prefeitura mas pelo que me disse alguém diretamente ligado ao processo, Curitiba já foi pronunciada vitoriosa e receberá o Globe Award em Estocolmo em 29 de abril.
Muito bacana, presente de aniversário pelos seus 317 aninhos. Duas vitórias para nós curitibocas, uma pela honra do prêmio em si, outra pela realidade da nossa Curita como cidade sustentável nível internacional.

Além de Curitiba, as finalistas são: Sydney, na Austrália; Malmö, na Suécia; Murcia, na Espanha; Songpa, na Coreia do Sul; Stargard Szczecinski, na Polônia. 

O prêmio, que está na sua quarta edição, é dado a cidades que contribuem para o aumento do conhecimento sobre sustentabilidade.

Aqui o press release em Inglês
PRESS RELEASE 2010-03-29 Globe Award 2010 – Leading Sustainability Awards

Aqui o excelente material do Biocidade, o case que deu a Curitiba o primeiro lugar no Sustainable City Award. A cidade é campeã mundial em sustentabilidade. O texto foi vertido para o Inglês, hyperlinks para todas as demais informações
http://www.housecricket.com.br/aprovar/PN/Biocidade/

Aqui um belo vídeo. E tem muitos outros, bem feitos e instrutivos, adorei.
Vale a pena percorrer as páginas e assistir os vídeos ilustrativos. Inglês acessível a quem tiver noções básicas. Vai lá. Estamos de parabéns. Não é todo dia que a gente tem coisas pra se orgulhar neshtepaiz, vamos curtir, ainda mais vindo da nossa Curita. Eu estou muito orgulhosa, muito.

Tia San

Não, vê se pode: 02h30 della madruga e eu aqui, sendo que meu despertador está programado para 06h30 e ainda tem sessão banho/shampoo etcétera e tal. Mas acontece que eu não vou dormir sem contar essa. Depois, estou na excelente companhia do Jerry Orbach e do tchutchuco Benji Bratt, meus heróis de Law & Order. Go on, guys, do your thing, I'll be right here, listening to you. Sort of.

Tempos atrás eu tive uma amiga, loura de olhos verdes, mulher extremamente sedutora, voz de cetim, além de artista plástica de grande sensibilidade. Denise, eu a adorava. Éramos vizinhas, terrivizinhas nós duas. Víviamos de conversa impiedosa nas horas vagas.

Belo dia ela volta do supermercado, passa lá em casa, com um sorriso de Monalisa na cara.

Eu: Que foi, Deni?
Ela: Sabe, aconteceu uma coisa que me deixou pensando...
Eu: Que foi, Deni?
Ela: Então, cheguei no supermercado, estava fechando o carro quando ouvi dois rapazes que andavam por ali, um falou pro outro "olha... que senhora mais bonita!" e o outro "é mesmo!"
Eu: Sim. E...?
Ela: Pois então. Na hora eu não sabia se ficava alegre pelo "mais bonita!" ou triste pelo "senhora"... Ai, meu Deus, primeira vez que me chamam de senhora!

Rimos muito da situação mas as palavras da Deni calaram fundo na minha atormentada alma de mulher vaidosa, assombrando-me com a idéia do dia em que eu me encontraria fatalmente na situação de bonita senhora, ui. Eu não queria esse dia. Sempre disse -quem me conhece já ouviu isso zil vezes- que tudumundo só devia envelhecer fisicamente até os 35 anos. Depois disso, que a gente fosse caminhando para a inevitável derrocada, mas a figura lindamente congelada nos 35 anos.

Assim, o meu Dia D, Dia da Deni, ficou feito a espada de Dâmocles, pairando ameaçadoramente sobre minha cabeça, desde então. Quando chegasse esse funesto dia, como seria? Pior que o da Deni? Melhor? Pois bem, ontem ele finalmente chegou, e já não era sem tempo. Foi assim:

Estava eu fazendo minha caminhada alegre e despreocupadamente (mentira, pois eu não estava alegre e nunca estou despreocupada), reparando na reação das pessoas que me veem passar. É muito engraçado. As mulheres ou abrem um sorriso morno, como quem me conhecesse de longa data, o qual eu retribuo calorosamente sussurrando até um "olá" com o aspecto aveludado de um merlot encorpado, ou fazem a cara mais azeda desse mundo, azedíssima, o que é mais costumeiro. Mas ninguém fica sem mandar um recado.

As mais espertas, no meu entender, são as que sorriem. Partem do princípio se não pode vencê-la, junte-se a ela, hahaha. Não entendo por que eu causo essa reação nas pessoas, sério. Isso me diverte grandemente. Deve ser que eu tenho uma atitude corporal muito metidona, não sei, como se minha postura dissesse e aí, qual que rola? Sei lá. Conjeturas.

Quanto aos cavalheiros, são em geral gentilíssimos, e é costume que, quando eu atravesso uma rua menos movimentada, eles estanquem seu carro sorrindo afavelmente, e indiquem com uma mesura que eu posso cortar-lhes a frente, sem perigo. Coisa  que eu retribuo com um sorriso ultradiscreto e um inaudível obrigada. Sou muito fina nessas horas. Mas em geral eles são bem receptivos e fazem uma cara bem alegrinha para mim, não sei por que, pois ando sempre seriíssima. Divertido.

Ontem, porém, estava eu andando minha andação de sempre, nenhum acidente de percurso, nada de novo no front, nenhum sinal estranho nos radares e tal, quando de repente, ao me aproximar do Parque... (aquele onde em geral eu vou, que tanto pode ser o Barigui como o Tanguá, como o... eu nem sei os nomes. O Paulo Vitola me matou de rir outro dia mandando por email uma lista com tanto nome de parque em Curita que eu nem sabia que existia, é um absurdo o que cabe de informação naquela cabeça, não cessa de me fascinar). Mas enfim, estava eu chegando ao Parque tal, bem na curva do amendoeiro, quando me surge um carro, fazendo a dita curva. Um carro compacto, cheio, apinhado de uma gurizada, guri saindo pelo ladrão, naquela algazarra que homem adora fazer quando está em maioria.

E aí o carro diminui a marcha, e uns garotos gritam, botando a cabeça para fora da janela. E o que eles gritam? Bem, eu estava prestes a ter o meu Dia D e nem sonhava. Verdade. A espada finalmente cairia sobre minha cabeça com rabo-de-cavalo. Gritaram uns piás, sorrindo para mim:

-Aê, tia! Beleza, hein?
- Mandô bem. Ô loooco!

Well. Talvez assim escrevendo eu não consiga passar a exata sensação, mas foi bem boa. Meu Dia D me deu um momento grandioso, 150 mil aliados chegando às praias da Normandia. Sabe aquele gosto de vitória, a triumph of intelligence, bravery, coordination, secrecy, and planning? Embora pouco disso estivesse envolvido na estratégia. Enfim, me achei. Curti de montão. Eu que já estava satisfeita com a simpatia dos quarentões, calcule o estrago que fez a piazada.

Ontem foi o meu 6 de Junho de 44. Lembrei da Deni. Mandei mentalmente um recado a ela: Deni, minha bonita senhora, tia San mandou bem, beleza, ô lôco.

Sério, não me incomoda ser tia num contexto assim entusiasmado. Não mesmo.

É isso. Agora vou ao banho e depois cama, estou borratcha de sono, com certeza dormirei sob o chuveiro. Desejem-me bons sonhos, recheados com creme. Do tipo que não engorda, olha a responsa.

Ciro Ropke

Ora vocês vejam só, o Doutor Ciro, com sua nova Panasonic Lumix FZ-35, 
descobriu mais que meras imagens, 
descobriu o que Galileu nenhum, ou Kepler ou Copérnico & Cia nunca nos mostraram: 
que a Terra é uma caixa dentro da qual nos encontramos e que, para fora dela, 
o universo é um buraco negro. Olha lá. 
Somos todos uns jacks-in-the-box, foi o que o Doutor descobriu. 
Eu avisei que ele era cientista maluco, lambe-lambe, etc. 
Um dia o meu Johnny Depp, especializado em tipos insólitos,
ainda vai interpretá-lo no cinema  : )

terça-feira, 30 de março de 2010

Upside, inside, OUT!


Ricky Martin finalmente se decidiu a admitir o que a gente sempre soube. Jogou a toalha. Depois jogou o galalau sobre a toalha. Depois jogou-se a si mesmo, living la vida loca. Muy bien, Ricko! Llega de ensebar!

Eu? Sabia a vida inteira. Homem de verdade dificilmente é assim gostoso, lindo e sensual. Os gays estão melhor servidos que nós, gurias, buááá! Que vida injusta! Na próxima quero vir gay.

Atualização: quero vir gay para poder me deleitar nessa topografia, nessa paisagem em HD muscular, irra!

Ciro Ropke


E aí? É o Doutor, numa vibe totalmente laranja. 
E isso  que ele nem estava ao som de Clapton, imagine a trip.
Ele fica lá no interiol, se parando de quieto mas, por dentro, é aquele fervo.
Só na mirabolância...

Para Doutor Ciro, no 65º bday de Eric Clapton

Escolhi esta foto do nosso sexygenário rock'n'rolla pois, lately, eu ando às voltas com um pessoal que naquela época se parecia muito com isso. Soube ontem de um que até hippie de verdade foi por um tempo (wow, that must have been something!).

E no vídeo uma fave arrombadora.
Se o Nêgo Pessôa passar por aqui hoje vai pedir seus sais.
Louie: put the sound loudissimo!

If your day is gone
And you wanna ride on
Cocaine
Don't forget this fact
You can't get it back
Cocaine 


E eu aqui suando bicas, rocking like crazy, danza, danza, sin parar

Um cronista esportivo é como um eunuco num harém: ele sabe perfeitamente como as coisas são feitas mas, sabe que, ele mesmo, é incapaz de fazê-las. Armando Nogueira.

Armandão fez muita coisa neste mundo, hoje a mídia se ocupa em nos mostrar o relatório. Grande vida, admirável, cheia de palavras, cheia de emoção, de muitos momentos de forte emoção. Beleza de vida.


Sempre procurei a palavra exata. Essa era a minha aflição. 
A palavra exata e bonita. 
A palavra nasce, cresce, vive e morre. 
E se refaz, diferente de nós.

Sexo com etiqueta, por Glorinha Khalil

Acabo de receber via email um dos mais estúpidos e escatológicos textos que vagam pelo limbo internético arrastando a assinatura falsa de uma celebridade-or-so. A vítima foi desta vez a elegantíssima Glorinha Khalil, que deve ter morrido um pouquinho ao saber (evidentemente deve ter sabido) de seu nome atrelado a tão chula e chapada excrescência literária.

Oh my dog, não sei o que é mais triste nesta situação, se a pirataria autoral ou a falta total de noção de quem acata um tal lixo como coisa concebida por alguém com notória noção.

Um conselho: se você não tem a menor habilidade com o mundo das letras, a ponto de nunca entender que o Verissimo, o Jabor, o Drummond, a Danusa, a Glorinha, ou outra vítima favorita dos débeis mentais internéticos, jamais escreveria uma linha absolutamente ruim, quer no sentido léxico, quer no humorístico, ou no raio de qualquer outro sentido que se possa imaginar, se você não tem habilidade para fazer esse tipo de reconhecimento, poupe-se a desagradável atitude de passar pra frente essas coisas mal cheirosas que chegam com a assinatura clamorosamente falsa de uma desses vítimas.

Eu já não tolero texto apenas ruim atribuído a quem é bom escritor, quanto mais texto ruim e asqueroso como esse que eu acabei de ler.

Vômito, é isso o que me causam essas coisas. Na dúvida, por favor, não me encaminhe nada desse gênero. Eu agradeço e admiro muitíssimo quem puder fazer isso.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Old flame

Oh, o assobio do Toots! Se ele assobiasse assim só pra mim eu lhe entregaria minha alma. Estou escrevendo sobre o homem ideal. Enquanto eu escrevo ouçam essa coisa mais deliciosa que é o Toots assobiando Bluesette. Toots e Quincy, resistir quem há de? Certamente não eu, não mesmo.

Sol, nosso amor, is back. Ai que bom.

Adore, adorei. Tem mais no Solda Cáustico.

Armando Nogueira


Nota triste do dia é que o Armandão passou para outro nível. Curti vários dos papos dele. Achava bacana.
Ele tocava harmônica direitinho. Era aviador. E fazia parte do time dos apaixonados que não enchem o saco ao falar de futebol. Tomara que ele esteja legalzão lá não sei onde que a gente vai saindo daqui.

E la nave va. Eu sou muito encanada para falar dessas coisas, fujo delas, detesto.

Parabéns a Curita em seu 317º bday

Beto Tchutchuco Richa, pronto pra encher a boca de marshmallow, oooh!
(Foto estouradona Paraná Online, nada com isso)

Nossa, como o tempo passa! Já são 317 anos que eu estou aqui, diria Curita olhando sua bela face no espelho. E olha só, com um corpinho de 417 (sim, por que em termos de cidade, quanto mais adiante melhor a situação, essa a idéia).

Curita, aquela menina borralheira, pé no chão, batizada com o nome de Vila de Nossa Senhora da Luz e do Bom Jesus dos Pinhais, ô nome comprido, virou uma bela moça, deu uma melhorada no seu jeitão caboclo, ganhou ares metropolitanos, traços cosmopolitas, ficou até conhecidinha em alguns salões da corte mundial, graças ao seu fado-padrinho Jaime Lerner & sua equipe de craques (sim, sim, sou tiete do Jaimão, claro que sou, de suas carruagens que não retornam ao estado de abóboras e coisa e tal, na exata proporção em que o Homem da Camisa Jeans tenta desconstruí-lo).

Mas não adianta, tem coisa que não muda em Curita de jeito maneira, uma delas sendo sua indiscutível falta de vocação para, por exemplo, as folias momescas, ui. Curita é como eu, não transa carná, no máximo um esquindô-esquindozinho, erguendo um indicador de cada vez, naquela batida polaca totalmente brochante dos nossos autoproclamados blocos e afins carnavalescos. É pegar ou largar.

Acho uma barbaridade essa forçação de barra pra cima de Curita, deviam deixá-la em paz no carnaval. Ela deve provavelmente preferir uns dias num lugar tranquilo, mais friozinho, uma lareira, um bom vinho, um bom livro, um bom jazz, um amante atencioso, pés descalços e nada além de uma camisetona velha e macia, um tapete de pele de urso polar (sintética) why not?, coisas assim. Não sei por que mas, eu a entendo completamente.

Então minha querida Curita, terra dos quase livres, lar dos quase bravos curitibocas, haha, parabéns a você nesta data querida. Seja cada vez mais bonita e feliz.

Aproveito o ensejo para mandar um recadinho para o prefeito e futuro governador Beto Richa: Excelência, no dia no aniversário de uma bela mulher ou cidade, não se dá de presente a ela um Ligeirão, tá?

Preferível  uma bela noite de tempestade interminável, sem nenhuma ligeireza, mesmo faltando a tempestade. Logo você, o prefeito mais tchutchuco que Curita já teve, capricha aí, my Gov!

domingo, 28 de março de 2010

Bluesette, one fave

Com um dos meus sexygenários favoritos, Toots, mais o meu Stevie Wonder favorito, ambos mostrando o que mãos e bocas habilidosas são capazes de fazer. Um dos clips mais prazerosos ever, a-do-ro.

Para pular o blablá ajuste o vídeo para 00:15

Aos seguidores e comentadores do Nervosa

Quero agradecer a todo aquele que se sujeita a perder um tempinho com os procedimentos necessários para se tornar um seguidor deste blog. O mais recente é o Cláudio com seus superdentões, muito massa. Alguns eu não conheço, mas tenho ali uma porção de estrelas, ou como se dizia no tempo da Vó Canda, uma plêiade. Agradeço a todos, um por um. Mandem-me algumas linhas sobre vocês para que a gente se conheça melhor.

Agradeço também aos que deixam seu comment, pois um blog vive da interação com os leitores, acima de tudo, ou então tem-se a impressão de se estar falando para as paredes. Não há retorno melhor do que um comment, seja ele expressando o que for. A intenção aqui não é a unanimidade, não vos intimideis. Todas as opiniões são bem-vindas e são elas que motivam esta Nervosa blogueira a ir em frente digitando suas coisinhas.

Há aqueles que preferem comentar através de email. A esses também agradeço mas peço que deixem a reserva de lado, vamos lá. A ciranda dos comments é tão legal!

Superabraço a todos e, qualquer coisa é só gritar.
San,  a Nervosa

sexta-feira, 26 de março de 2010

De: Dico Kremer Para: San

San, como o Solda está em férias penso que ele não se importará se eu enviar este clique para você.


Solda, a Dinamarca, ou como querem os maldosos - aquele pequeno apêndice ao norte da Germânia - prestou alguns serviços å humanidade. Assim temos Saxo Grammaticus, Hans Christian Andersen, Karen Blixen (Isak Dinesen), Jens Peter Jacobsen na escrita, Dietrich Buxtehude e Carl Nielsen na música. As cervejas Carlsberg e Tuborg.

A pequena sereia, em Copenhagen! Hamlet, príncipe da Dinamarca e o castelo de Helsingor. O filmes dinamarqueses, pornografíssimos quando a pornografia era somente apreciada em filmes clandestinos e não tinha ainda invadido as áreas da política, da televisão e tantas outras que o pudor me impede de nomear. Mas o grande nome dinamarquês é Søren Aabye Kierkegaard. 

Carmen Lúcia e eu fomos visitá-lo. Estava na praça, sentado em alto pedestal lendo um diário muito sedutor.

Dico

Será o veredito?

Passei a mão na frase do Solda porque num guento mais ouvir a tv-acabo falando do julgamento dos matadores de criancinha (olha eu aí, já julgando aqueles trastes). Diz que hoje sai.  Que você acha?


Será o veredito?

De: Solda Para: San

À Beira de Um Ataque de Nervos:
Como estoy en vacaciones, mando umas coisinhas que você pode postar no teu cafofo.
Orlando Pedroso, "El Flinstone", organizou uma exposição em homenagem ao Glauco. Villas Boas tornou-se meu amigo de infância em 1974, quando nos conhecemos no Salão de Humor de Piracicaba. Segue imagem e texto.
          
Na outra, na outra semana, talvez eu volte.
Não tomei a medicação sugerida pelo veterinário. Qui! Qui!
           
Grande abraço, Sanpática!
Solda liberdade em raios fúlgidos.


Fala, Panga!
Dizem que para um avião cair, precisa haver a coincidência de pelo menos 5 erros. Parece ser também o caso da triste e violenta morte do cartunista Glauco e de seu filho Raoni ocorridas na semana passada.

Não cabe a nós aqui, agora, listar quais os erros que culminaram nesse drama de tamanha proporção, nem buscar os culpados de mais uma tragédia como tantas que acompanhamos diariamente nos noticiários.
Talvez este seja o momento de listarmos os acertos, especialmente porque foram conduzidos pelo talento e pela coragem. Uma coragem inconsciente, é verdade, mas ainda assim coragem. O Glauco não sabia fazer de outra forma porque era movido quase que instintivamente a agir e criar sem as amarras ou limitações sociais que norteiam o mundo adulto. Ele criava como se fosse uma criança e fazia assim porque era o que ele tinha que fazer.

Em 1978 eu estava terminando o colegial, era um aspirante a ilustrador, cartunista e acompanhava a segunda fase do Pasquim, a reforma gráfica do Jornal da Tarde e, claro, a página Vira-Lata publicada no suplemento Folhetim, da Folha de S.Paulo e editada pelo Angeli.

Lá estavam, além do próprio Angeli, Laerte, Alcy, Nilson, Jotinha e outros que aproveitavam o início da abertura política para espinafrar o que ainda sobrava da ditadura militar. Era um humor pesado, rancoroso e engajado. Era.

Nesse ano surgiu nas páginas do Vira-Lata um outro desenho, um outro humor. Aliás, um humor engraçado, leve, cheio de movimento e delicadeza. Era o Glauco que trazia novos ares e um espírito que iria mudar de vez a forma de se trabalhar a charge e o cartum na imprensa brasileira. Esses cartuns não respeitavam nada. O preso passava o pé na bunda do guarda, a menina deixava escapar na mesa do almoço que fizera um aborto dias atrás ou que tinha vários namorados, o defensor do feminismo pedia para a namorada pagar a conta do restaurante e o guardinha de trânsito botava ordem no cruzamento onde havia uma passeata vindo de cada lado. O peso de se fazer uma charge desaparecia e se tornava algo prazeroso e divertido.

De 79 a 81 tive o prazer de passar algumas madrugadas acompanhando o fechamento das edições do Folhetim na sala onde também estavam o Fortuna, Faustinho, Maringoni, Luiz Gê.
Em 1983 ele passou a publicar o Geraldão na sessão de tiras do jornal. O primeiro de uma série memorável de personagens que passariam a fazer parte da história dos leitores da Folha assim como de milhares de jovens que passavam a consumir o novo quadrinho que surgia.

Em 1985 voltei a encontrar o Glauco na redação. Pouco depois ele passaria a fazer as charges. "E aí, panga?" Era como ele chegava nos colegas antes de desfiar um rosário de piadas e expressões sempre particulares e muito engraçadas. Eram, muitas vezes ingênuas, quase infantís mas sempre imprevisíveis e, provavelmente, não há pessoa que tenha trabalhado ou convivido com ele que não tenha pelo menos uma dezena de pequenas histórias tendo o Glauco como personagem.

Gênio, amigo, figurinha carimbada, nosso John Lennon, não importa. O que fica agora é sua obra, a capacidade de contar a mesma piada centenas de vezes e de ela ser sempre boa, o talento de ter conseguido empurrar ladeira abaixo velhos padrões de comportamento e de conseguir com seu traço econômico que nosso mundo, o dos leitores, se tornasse muito melhor.

A Exposição 
28 artistas amigos, colegas ou que tiveram o trabalho diretamente influenciado pelo Glauco fazem uma sincera homenagem ao talento do cartunista assassinado em meados do mês de março.
Cada um se apropria, a seu modo, do espírito anárquico de personagens como Geraldão e Dona Marta para expressar seu carinho e admiração pelo artista. Entre eles, Pelicano, seu irmão e também cartunista.
“Fala, Panga!” era a maneira como Glauco se dirigia aos amigos, especialmente os da redação.

Os artistas
Adão Iturrusgarai   Airon   Alcy   Allan Sieber   Angeli    Arnaldo Branco    Benett    Caco Galhardo   Chiquinha    André Dahmer    Dálcio    Emílio Damiani    Galvão   Luiz Gê    Fernando Gonsales
Gustavo Duarte    Jaguar    Jean    Leonardo    Mariza    Nani    Orlando    Paulo Caruso   Pelicano
Solda    Spacca  Tiago Recchia    Ziraldo

Serviço
A pizza do Babbo é ponto tradicional de encontro de desenhistas na capital paulista, trazendo mensalmente exposições de artistas gráficos de vários estilos e tendências.
abertura dia 30 de março de 2010 a partir das 20h até 30 de maio
de terça a domingo, das 18h às 23h30
Curadoria: Orlando Pedroso

Pizza do Babbo
r. Joaquim Antunes, 824 - Pinheiros
Fones: 3064 8282 e 3082 9065
Orlando Pedroso

Tá entregue, panga. Meio estouradão, mas isso é minha expertise. E você trate de voltar logo que a gente num guenta sem! Beijos.

Estudante chinês condenado à morte por assassinar colega que roncava

Se eu sou o juiz ele saía dessa livre como um passarinho. Be aware, whomsoever it may concern, haha. Olha a cara do japinha da China, como diz o meu 6teen.

Sponholz


Mais uma do engraçadão, na sempre alerta sacação do Spon. Beijo, Bigodón!

Quinhé que vai pagá a minha conta? ra ra ra como eu ço ingrasado

Eu tento imaginar que não existe possibilidade de piorar o que já é o mais pior, mas existe. É quando o seu Inacio se mete a engraçadão. Não tem coisa mais nojenta. Sabe aquele bêbado cretino, que fica bebendo e babando num canto de bar imundo o dia inteiro e lá pelas tantas resolve fazer graça? Mesma coisa. Se tiver estômago pra ver nojeira, veja aqui

Spielberg e Tom Hanks iniciam campanha para salvar letreiro de Hollywood

Não acredito que a sanha dos incorporadores imobiliários, ou seja lá o raio que esses vultures se chamam, não se importe em acabar com um dos ícones da nossa civilização, para mim, dos mais importantes: a pracas de Roliude. Será que a sacanagem não tem fim? Pare o mundo que eu quero descer!

 E eu que ainda nem fui lá tirar foto com my sweetheart, como os zapinhas soridente pashonado, né?

A japinha da foto me faz lembrar a piada do japa que vai comprar um sutiã pra namorada mas não sabe o tamanho. Então a vendedora diz: Pense, é do tamanho de um melão? O japa faz que não. De uma maçã? O japa faz que não. De um ovo? O japa se alegra e diz que sim, ovo firito, né?

Ciro Ropke a todo pique, clorofila na veia

Gentem do céu, estou a mil por hora. E olha que nada aconteceu, guess what if... Então aí a bela, belíssima, delicada compô do Doutor Ciro, que arrumou um jeito de transformar o cool verde clorofílico em energia caliente, fotografando a folha tão intimamente que lhe deu um jeito de pele, e as gotas, ah as gotas, remetem a suor, mais intimidade, sei lá, eu não estou podendo descrever essas coisas ultimamente, não sei por que, sem descambar para l'érotisme. Que coisa, San, componha-se! O que diria a Madre Superiora? Ela diria: esta foto ficou supimpa, Doutor Ciro! Congratulações!

JBosco

E a opinião do JBosco sobre os mais recentes tititis envolvendo La Santa Madre que Los Parió. As meninas do Café Paris estão pensando em fazer uma pós no Vaticano. Vão ter de rebolar moooito pra pegar o pique.

Investigando com o Inimigo ou Uma Proposta Indecente

Promotor de Justiça Fuad Faraj refuta convite de Nelson Justus (DEM!) para o MP participar das investigações internas da Assembléia. "Nenhum membro do MP deve fazer parte da comissão de uma instituição que devemos investigar. Não podemos andar de mãos dadas com um suspeito. É preciso deixar claro ao deputado Nelson Justus que o Ministério Público irá investigar a Assembléia Legislativa  e não com a Assembléia Legislativa". Leia mais.

Aqueles que acompanhavam meu blog antes devem ter notado que eu mudei totalmente o rumo da prosa. Dois motivos: primeiro porque se alevantou outro valor totalmente mais alto. Segundo porque, honestamente, eu não ando mais aguentando tanta podreira. Qual é a do Justus? Os caras perderam completamente a noção, não? Já que vergonha na cara atingiu o nível final de extinção, agora que se perca o que restava da noção. Despirocou, manja? É isso, em Português castiço.

Que podres.

Fábio Silvestre no Estação

 
Fábio Silvestre, segundo o Solda gente fina de Ponta Grossa, com o espetáculo O Bêbado, 
26, 27, 28 de março, 20h30, no Regina Vogue, Shopping Estação, 30 ral, mais info aqui
Se Solda e Vera Maria, Paixão e Raquel vão, a gente tem mais é de ir também. Eu vou.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Seção email: Bia Clasen

Outro dia estava eu conversando com o Solda sobre stand-up comedy e ele, que está indo assistir com Vera Maria e Paixão (paixão + Paixão) o Fábio Silvestre, depois de falar tudibom do Silvestre, criticou os humoristas que só fazem piadas discriminatórias, principalmente contra os gays. Concordo com ele em que a falta de criatividade leva a esse lançar mão da piada desgastada e cheesy.

Por outro lado eu, que não tenho preconceito nenhum contra os gays (sempre estou apaixonada por algum, entre eles, de plantão, George Michael e Kevin Spacey *nófa!*), nos quais admiro, aliás, várias características que gostaria de ver nos héteros em geral, penso que uma boa piada é sempre uma boa piada e, nesse caso, não deve ser vista como mera apelação.

Assim, por exemplo, a piada que a querida Bia Louraça Belzebu, de Meadows Town, mandou. Peço aos meus amigos gays que a vejam com muito humor, pois é bem engraçadinha:

No psicanalista o rapaz, titubeante, confessa: Doutor, sou homossexual.
Doutor: O quê? Homossexual? Quem? Você? De jeito nenhum! Nero, o sanguinário, era homossexual. Rock Hudson, o inesquecível, era homossexual. Michelangelo, o magnífico, era homossexual. Oscar Wilde, o inimitável, era homossexual. Você? Você não passa de um viadinho de merda.

Moral: em todas as categorias de pessoas existe sempre aquela que não passa de uma coisinha qualquer de merda, independente de ser isso ou aquilo, assim ou assado. Achei bonitinha a piada, bem fofa.

*copyright Solda

Okay, I'm back.

Mas que chororô! Vocês não podem ver alguém walking on air um pouquinho? Não perdoam um interregnozinho de um dia para celebrar the victory of love over time, over everything? Que coisa! Querem que eu conte uma história de fadas? Claro, com umas pitadinhas de pimenta, afinal, sou eu quem está falando, haha, tenham isso em mente. Red hot chili San. Menas, digamos chili San. Alguém me chamou ontem de 'verdadeira bomba' (me assustou o ênfase em verdadeira), entonces, vou refrear la calentura. Tá. Estou digitando a historinha aqui, historiona, na verdade, a maior da minha vida. Vou entregar de bandeja para vocês. Não toda, um pedacinho, mas vale a pena, é bem saborosa. Guenta aí. Qualquer coisa me contatem por email: nervosa dot san at gmail dot com.

Y para los que tienen dudas, 
pase lo que pase seguiré Nerviosa!

Enquanto eu escrevo fiquem com o Rod, a mim mandado por uma pessoa incrível, singing uma das coisas mais belas e verdadeiras já escritas. Remember, 

You go to my head and you linger like a haunting refrain
And I find you spinning 'round in my brain
Like the bubbles in a glass of champagne
(you go to my head with a smile that makes my emperature rise
also you intoxicate my soul with your eyes)

quarta-feira, 24 de março de 2010

E para os vitoriosos (e superfofos) cadetes do CPOR/PR nosso bom dia!

Eia, avante, com alma ungida e pura
Em defesa da nossa pátria amada
Na honradez, no civismo e na bravura,
Afiemos nossa espada!

Not sorry, mas isso é tudo o que vocês lerão neste blog, no glorioso e inesquecível dia de hoje, em que Sir Lancelot, sua reluzente armadura e seu reluzente espírito admirável, chegam a Camelot e provam a Guinevere quem é o Rei.

terça-feira, 23 de março de 2010

Sol da mi nha vi da

De 2008, Sol? Prazo de validade para sempre. Achei supermeigo. Beijo por isso.

Le vin à bonne température

Durmo com a janela aberta, a dois passos da cama. Gosto de sentir o sereno da madrugada a entrar silenciosamente, don juanescamente, em meu quarto, enquanto eu sonho.

Porque assim, lá pelas duas eu estou sob o chuveiro, shampooing, como é de praxe. E ali eu me demoro o suficiente pra sair mole, quase cambaleante, direto para os braços de Morpheu (o meu é com ph porque o assunto está relacionado a pele e então...well).

E o que acontece? Chegando à cama deito-me, espalho-me sobre ela seria o mais certo, o corpo ainda fumegando do interminável banho, mas -ah- cabelos perfumados são um must. E então tem esse calor todo para ser dissipado. Nem me cobrir posso. O que faço? Entrego-me a Morpheu usando apenas uma tee completamente puída. Enorme, larga, completamente puída camiseta, à qual eu desavergonhadamente acrescentei requintes de raggy look, tais como passar a tesoura em todas as ribanas para assim me fazer free demais, no strings attached at all. Um nada sobre a pele, é isso o que eu quero, uma camisa que se desmanche a um sopro.

Abandono pela cama a parte de baixo do pijama, e a parte de cima, e um par de meias fofas sem cano, que lembram sapatinhos de bebê. Jogo tudo por lá, sem ver direito onde, mas sei que vou precisar de cada item logo mais. E a janela aberta a dois passos da cama.

Lá pelas tantas o insidioso frio curitibano mete pela janela aberta sua longa e gelada língua, que começa devagarinho a me lamber a pele quente. Ui! Gentle goosebumps all over my skin, under which I have got you.

E aquele chill vai percorrendo a topografia, brincando comigo, tentando me despertar, vamos lá, sua preguiçosa, ele me sussurra ao ouvido com seu hálito fresco, vou continuar te arrepiando, diz ele.

Sorrindo eu começo então a passar a mãos por toda a superfície ao redor de mim, tateando molemente atrás das calças do meu jammie, depois a parte de cima dele, que vou vestindo sem abrir os olhos, num ritual desapressado, e por último os sapatinhos de bebê que eu calço de qualquer jeito, só pra mostrar ao frio que eu não tenho medo de sua língua gelada. Venha agora, digo a ele. E ele vem mesmo. E eu gosto.

Espalhada na cama, um braço esticado e outro sob o travesseiro, uma perna esticada e outra fletida, me imagino a representação egípcia de uma bailarina voltando de um grand jetté. E ali sonho, apenas sonho, que minha figura é encantadora e que minhas pobres pernocas são as maravilhosas pernas de Cyd Charisse, a rainha, que me desculpe a linda Ana Rickmann. Vou confessar que sempre me fingi de linda, fingi muito. Como alguém me disse outro dia, com a voz mais sensualmente arrastada desse mundo: you're a pretender. Yes, I am, sir. Shame on me.

E a janela aberta a dois passos da cama. Agora já posso puxar as cobertas, devo, se quiser reguardar o que restou da fumegância, uma tênue camada envolvendo-me o corpo feito um anel de Saturno. Com o passar do tempo, enquanto o inaudível tic-tac do relógio eletrônico bate em compasso com o meu coração, o frio de Kooreetcheebah me possui inteira, tão bom, eu deixo.

Sou, conforme disse a alguém horas atrás, uma criatura outonal, crepuscular, meio dracúlea, meio lunar. Não sou dada ao calor dos trópicos e seus suores incômodos. Prefiro o adocicado suor despertado antes pelo prazer do que pelo sofrimento físico.

Gosto de pensar em meu corpo como um blanc des blancs, à boire frais. Ou, no encantador idioma de Shakespeare, serve cool. Ou quando muito um delicado rouge léger, à boire chambré. Chambré é bom.

Ah, mas eu sou é muito enjoadinha com essas minhas trips, não sou? Admito, admito. Não sei como vocês tem paciência (eu ia dizer outra coisa, mas não seria elegante) para me ler...

Não fique assim, tá? Eu gosto mais de você, mais de você, mais de você. Assim que é pra eu falar? Falei, pronto. Agora um sorrisinho, sem ciumeira. Isso. Vou apertar suas bochechas e dizer tolinho!

Sol da mi nha vi da

Boíssima demais, Sol. Adorei.

Hoje eu falei com o Sol pelo telefone. Foi o máximo. 
A gente não para de rir e se surpreender com ele, esse fofo.
E falei também com a Vera Maria, que fez aniversário. 
 Ela me disse: eu leio seus comentários no blog do Solda e fiquei pensando 
quando será que essa vai aparecer?
Chi, Vera Maria. Essa nunca aparece. E quando o faz, vai de burka, ninguém conhece essa.
Mas uma coisa é certa: tem mais gente pensando quando será que essa vai aparecer. 
A começar pelo gerente do meu banco.

domingo, 21 de março de 2010

Homem, esse ser eternamente adolescente

Eu hoje acordei com um pensamento muito daring. Vejam lá, posso estar errada mas é uma boa tese. É assim: a maioria das mulheres desconhece uma verdade enorme a respeito dos homens. Desconhece várias, mas essa a que me refiro é enorme. Qual seja, o homem é um ser adolescente a vida inteira. Isso. Não importa sua posição na vida, ele pode até disfarçar mas, como diz o Chico Buarque, procurando bem, debaixo da carapaça do ditador, do CEO phodao, do chefe dos cambau ;) deste ou daquele, está um ser ávido de aventura, novidade, sonhos e fantasias típicas da adolescência.

Alguém, alguéns, quem primeiro começou a descrever a estória da diferença dos gêneros, deu uma errada de mão e tanto, e nisso foi seguido por inúmeros outros chapadamente equivocados. Felizmente aqui está a quase nada pretensiosa San, fingerpointer de plantão, para apontar esse erro histórico, antropológico, and so.

Que consiste no seguinte, e aqui vai também uma confissão pública:  não somos nós, mulheres, as eternas sonhadoras, românticas, as criaturas que passam a vida a olhar o mundo com os olhos toldados por estrelas e coraçõezinhos, não. Essas criaturas são exatamente os homens.

Nós mulheres não temos tanto assim de romantismo. Queremos o quê? Vejamos: um homem bacana, que seja bem apessoado, paciente, responsável, bom provedor, bom pai para nossos filhos e, acima de tudo, fiel, fidelíssimo. Nossa sanha pela fidelidade é uma coisa pavorosa, sufocante, eu não aguentaria. Analisando com isenção de ânimo o que nós queremos -ou ao menos 99,9% de nós queremos- não tem nada absolutamente a ver com romantismo ou fantasia.

A gente quer segurança, garantia, conforto, estabilidade, fidelidade, acima de tudo fidelidade, meaning segurança, conforto, estabilidade. Nós somos as criaturas mais pragmáticas, frias e calculistas que o Supremo criou (volta a questão seria Deus um ser feminino? mas não agora).

Nós mulheres sonhamos com um casamento hollywoodiano, pelo qual todas as nossas amigas babem, um vestido assinado, um buffet perfeito, um homem que nos ofereça todo o descrito acima e principalmente, que nenhum ventinho venha a crispar por um segundo a superfície lisa e serena do nosso laguinho conjugal. Mas bah! Vamos nos catar!

Já o homem, esse ser interrompido, vem de fábrica com o estigma de provedor, mantenedor da espécie, coisas dessa magnitude, pobrezinho! Quer mais responsa que isso nas costas de um vivente? O cara nunca foi alçado da posição de troglodita até hoje. Trazer para a mesa o cotidiano javali, ou o pão, o iogurte, a coca-cola, a carne moída, o leite, whatever. Manter a espécie, mesmo que ao chegar em casa, exausto após um dia de infindáveis discussões e concessões e frustrações, dê de cara com uma dondoca ou uma trubufa estressada, mal humorada, mal amada, sem imaginação, sem solidariedade, cheia de adiposidades e os desejos de vingança que elas trazem? Uma verdadeira hárpia travestida de ezpouza? Ui, esse nome me arrepia. Esposa soa pior para mim que a própria hárpia, górgona, coisas assim.

Sendo que, o que ele quer? O que o homem gostaria de encontrar esperando por ele de braços (também) abertos? Nada de mais. Uma sílfide, talvez? Uma vestal dissidente da ilha de Lesbos? Uma lap dancer apaixonada, em seu biquinininho de spandex prateado, ansiando por lhe oferecer uma private session? Uma Fräulein Edelweiss, Sekretärin eficientíssima treinada pelo Reich que, por baixo do rígido tailleur preto e dos pesados óculos usasse fina renda chantilly, atravessasse a sala marchando sobre seus altíssimos stilettos de verniz, zunindo seu chicotinho sadô? Ou, quem sabe, uma Lolita irreverente, desafiadora, de unhas curtas, saia pregueada, sapatos de boneca, rabinho de cavalo, olhar desinteressado, mascando aquele chiclete odioso enquanto pula no seu pescoço, enlaça-o com os braços e as pernocas e lhe enche a cara de beijos lambuzados e estalados, esperando pela barra de chocolate em seu bolso?

Está vendo? Quem sonha mais? Quem é o romântico incurável nessa história (notem que usei história com h), quem é o especialista criador de fantasias? Não somos nós, minhas caras cumpanheras de gênero. São eles, esses pobres, maltratados e incompreendidos homens. Ah, mas o meu homem não é nada disso, é um bosta. Bom, amiga, aí a incompetência foi toda sua, sorry. Se um bosta foi o máximo que você conseguiu, reveja suas táticas. Vá aprender como conseguir o seu bom homem sonhador e trate-o direitinho. Você não imagina do que um sonhador bem treinado é capaz...

Kidding, meninos, just kidding. Vocês sabem que eu não posso perder a piada (e olha o chicotinho!).

Atualização: devido à perspectiva de uma assembléia para discussão aprofundada do tema, aqui vai o modelo do convite, dentro do espírito que tomaram os comments. Artistas frequentadores do blog sintam-se à vontade para intervenções.

sábado, 20 de março de 2010

My one and only love: até no Japão


Fiquei de cara com esse casal de japinhas cantando e tocando My One and Only Love. Atentem para a interpretação da guria e o baita violão do japa, pra jazzista nenhum botar defeito. Não sei o nome deles porque foi postado no Youtube em japa (eu sabia que devia ter estudado mais na vida). Curti.

The touch of your hand is like heaven
A heaven that I've never known
The blush on your cheek whenever I speak
Tells me that you are my own

You fill my eager heart with such desire
Every kiss you give sets my soul on fire
I give myself in sweet surrender
My one and only love

E aqui, em homenagem à gloriosa visita que esse blog recebeu hoje de Ruy Goiaba, o maior blogueiro de todos os tempos, do inimitável primeiro e único Puragoiaba, aí vai a versão com seu ídolo, "Saint" John Coltrane, no sax como ninguém mais o faria, e o jazz barítono Johnny Hartman. Oh meu Deus, tenho certeza que o Heaven tem esse som (na companhia, é claro, daquele que fala ham ham pra mim).


Para Alec, jumping up and down, com mais 100kg de pura paixão

est, diana krall, good m
Out of the tree of life I just picked me a plum
You came along and everything started to hum
Still it's a real good bet the best is yet to come

The best is yet to come and, babe, won't it be fine?
You think you've seen the sun moon but you ain't seen it shine

Wait till the warm-up's underway
Wait till our lips have met
Wait till you see that sunshine foggy day
You ain't seen nothin' yet!

The best is yet to come and, babe, won't that be fine?
The best is yet to come, come the day you're mine

Come the day you're mine, I'm gonna teach you to fly
We've only tasted the wine
We're gonna drain the cup dry

Wait till your charms are right for these arms to surround
You think you've flown before but you ain't left the ground

Wait till you're locked in my embrace
Wait till I draw you near (and nearer and nearer)
Wait till you see that sunshine moonlight place
Ain't nothin' like it here!

The best is yet to come and, babe, won't that be fine?
***The best is yet to come, come the day you're mine***

NervosaNervosaNervosaNervosa NervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaNervosaEuhojeestoumaisNervosadoquenuncaNervosíssima!!!

Para Dico Kremer, meu querido Toots em tempo de vinho e de rosas

(Ajuste o vídeo para 00:39 para pular a rasgação de seda do Jeremy Monteiro)
 Toots Thielemans - Harmonica ; Jeremy Monteiro - Piano ; Greg Fishman - Tenor Sax ; 
Paulinho Garcia - Guitar ; Bart De Nolf - Bass ; Shawn Kelley - drums ; Mohamed Noor - Percussion

The lonely night discloses just a passing breeze 
filled with memories
Of the golden smile that introduced me to
The days of wine and roses and you

Acabo de receber de um gentleman esse mimo, um buquê virtual, com o seguinte cartão:

San, quanta honra em ver minhas batucadas pretinhas - como diz o querido Nêgo Pessôa - 
em destaque no seu blog. Dômo arigatô gozaimashita! Bjs Dico

Muito obrigada digo eu, Monsieur Dicô. My pleasure, my honor to have you here, no meu humilde cafofo eletrônico, abrilhantado por esses belos espíritos que, afortunadamente para mim, o frequentam.

E ele ainda escreveu (batucou) a famosa frase de Gertrude Stein: a rose is a rose is a rose is a rose. Pelo que eu vou tomar a liberdade de macaquear outra frase de Stein, com pequena mudança:  I think that in that line the rose is red for the first time in... the history of this blog  ;)  Bjs

sexta-feira, 19 de março de 2010

Então, no último dia de verão, a ordem é let's do it, let's fall in love (e quem sou eu para desobedecer)

Ciro Ropke, em pleno feriado sãojosesence, 
provando o que Cole Porter cantou sobre the most refined lady bugs do it 

E aqui a bela Kim Basinger, direto do filme Uma Loura em Minha Vida,
fazendo o que eu gostaria de ter feito com o então futuro marido dela.
Mas hoje o Alec Baldwin está 200 quilos mais pesado e, embora ainda dê o maior cardo,
eu é que estou numa outra, direto, sem parar e adorando cada minuto, ah.
 Hoje eu ainda faria essa cena, mas o ator principal seria outro. Poor Alec ;)
 Birds do it, bees do it 
even educated fleas do it 
let's do it, let's fall in love
 (mais? aqui)

Dico Kremer




drawing
painting
colouring
seeing
feeling
imagening
listening
dreaming
flying

all sensations are kept safely
in our own and precious drawing

Atualização: tenho de passar este comment para cá pois ele precisa ser visto, pelo Dico (porque se dirige a ele) e por todos os demais (porque se dirige ao meu hiperinsuflado ego, oh mil perdões)
Paulo Vitola disse...
Dico, muito legal o poema. Quero conhecer outros. Mostre aí, meu amigo. Outra coisa: que tal me mandar uns clicks pra eu escrever uns textos aqui no blog da San? Tema livre. Topa? Abraço!

Simon Taylor

Guernica do Simon

Guernica do Pics

Curti muito a retrô do Simon em cima da Guernica de Don Pablo. Fazia um tempão que eu não olhava a arte do Si, o blog dele é muito legal, adoro as dicas de música e cinema que ele dá, papo muito aberto. Abração, Simon-Boy!

Por que o pessoal está fulo com o Bibinho? Tão legal ele!

ricardo.riva disse...
Para esta gente paredão é pouco. A grande inhaca do Brasil é a roubalheira sem limites. Porque com limites ainda dava pé. Mas o pessoal não se contenta em roubar algum. TÊM DE ROUBAR TUDO QUE PODEM!!! Senão parece que não tem graça, aqueles velhos 5 por cento de praxe não dão barato mais. Até quando o caixa aguenta? Tudo por fazer, por construir, e o país ainda tem que sustentar uns merdas desses? E pensar que o Bibinho é só mais um. Ideias de campanha: CINCO POR CENTO JÁ !!! E também: PRISÃO COM TRABALHOS FORÇADOS JÁ!!! PAU NO RABO DELES JÁ!!!


Paulo Urbano disse...
Isto não vai dar em nada, o cara esta a mais de vinte anos chefiando a assembléia, alguem acha que os deputados não estão de rapo preço com o cara. Vai sobrar pra mulher do cafezinho. E tudo ficar bem novamente.

Aviso a todos os meus inúmeros pretendentes: estou desistindo de todos vocês e considerando a possibilidade de me amasiar com o Bibinho, que eu tô cansada de ralar e viver dura, eu quero mais é rolar em muita grana!!! Bibinho, linduuu, mi liga!

Because he's a smooth operator and that's okay


(He's loved in seven languages
Diamond nights and ruby lights, high in the sky)

Diamond life, lover boy
We move in space 
with minimum waste and maximum joy
No need to ask
He's a smooth operator

 Smooth operator: someone who can handle multiple situations in a fashion that can only be described as "Awesome, spectacular, and, above all else, awesometacular". (Urban Dictionary)

Simon

Simon Taylor, pessoa superquerida, cartunista, rocknrolla, escrevinhador,
filósofo, e mais uma porção de coisas legais. Um abraço.

Bibinho! O que é rombo na transparência? Me conta!


Nesta direção a fazenda do Bibinho, na Chapada dos Viadeiros

quinta-feira, 18 de março de 2010

Happy Hour

Porque gaveta em Inglês muitas vezes se escreve com  i - n - g  mas só quem entende isso não são os estudiosos, os filólogos, nem os aficionados, nani não, só aqueles que ouvem estrelas e enxergam o sol a se derramar sobre a Baía Norte em Floripa mesmo num dia nublado, e se entregam de peito aberto ao raio que os parta, rindo de tomatadas e pedradas, voando pro infinito ao encontro da noite, vampiresca e soberbamente.

Tem gente nesta vida que não acorda cedo, tem de ser acordadinho

Mata-me de rir
Fala-me de amor
Songes et mensonges
Sei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda
Accord, d'accord, d'accord

Quem me enfeitiçou
O mar marée bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor 

tão bom tão bom tão bom tão bom
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda
Accord, d'accord, d'accord

Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato sotaque mole
Danser dans mes bras
Vem moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil ta braise 

(cela donne à penser)

Quem me enfeitiçou
O mar me arrebatou
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda
Accord, d'accord, d'accord


Não sei se o Chico escreveu assim mais... je suis d'accord avec les termes. Na verdade, cá entre nós, eu piro nessa letra toda vez, não aguento sem, perdão. On me dit que je suis une boufonne, mais en fait je suis juste un peu conne, pitié laisser moi croire que je suis bonne, haha.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Pinguim esquiador de Ciro Ropke, à luz de Lacan: o grande Outro que antecede o sujeito?

Primeiro eu imaginei que poderia apelar para Lacan na tentativa de explicar essa composição. Vejamos: um pinguim de geladeira, não apenas retrô mas um pinguim esquiador, vestido no melhor estilo francês à la Loopy Le Beau, com direito a boina e echarpe de laçarote no pescoço. Símbolo mais real do que aquilo que simboliza: o bico dourado do bicho. Como não bastasse essa estética kitsch e o apelo intrínseco de cada detalhe, o Doutor houve por bem fazer a bizarra criatura segurar duas campânulas roxas -murchas- uma em cada mão. E ainda teve o Doutor a verve de me fazer a seguinte observação:

Veja lá, em!!!
Estão aí floridas estas temáticas,
mas apenas para composição foto-artística,
não abichornada/gay, viuuuuuuuuuu???

Moral: acredito que não tem Lacan que explique isso. Pensei em buscar a opinião mais pragmática de uma psicóloga conhecida mas, sidei mal: a mais vanguardista trend agora entre os psicólogos é largar os problemas para Santa Clara. Obviamente acendendo aquela velinha de praxe e fazendo o pedido: ai, minha Santa Clara, valei-me nessa hora de loucura, quando me atiro de cabeça, tronco e membros (principalmente) no abismo da incerteza!

Assim sendo, deixo a análise para cada um de vocês, opinem à vontade. Mas, alto lá, seguindo a observação do Doutor: gaúcho quando usa florzinha não é por abichornação e sim por amor à arte ;)

Atualização: as campânulas NÃO ESTÃO MURCHAS, estão em repouso, retraídas (assim como quando a água está fria e alguns elementos nela mergulhados se retraem). Como diz o Sol, aqui estou eu de novo misplicando.

Oh, Benett!

Essa estória com o Glauco parace filme do Tarantino

Rics Riva me deixou um comment, que suscitou outro e tal, faz pensar, realmente: além de trágico está estranho demais o que aconteceu com o cartunista Glauco Villas Boas. Rics disse: Pois, é. Pra mim também não (caiu a ficha ainda). Sabe o que eu me peguei pensando, San? Que o Glauco acabou sendo morto por um cara com um perfil que lembra o do Geraldão. Só que o Geraldão era engraçado e quase inofensivo, bem diferente daquele pobre coitado. Tá bão, assassino frio sim, mas para mim chega a dar pena de um cara desses. Pena dele, dos avós e principalmente das vítimas. Êta vida besta!
San disse: Verdade, Rics, verdade. Também fiquei meio assim, viu? Uma sucessão de infortúnios, o lôko, o fumeta amigo do lôko, os santos daimes da vida, essa coisera misturada, que acaba numa tragédia dessas! Absurdo. Parece filme do Tarantino.


For old times' sake (e ainda tem Sunny, remember?)


The more I see you, the more I want you
Somehow this feeling just grows and grows
With every sigh I become more mad about you
More lost without you and so it goes

Can you imagine how much I'll love you
The more I see you as years go by?
I know the only one for me can only be you
My arms won't free you and my heart won't try

Como diria o Zé Trindade, o que é a experiência!

Email que o Rics Riva me mandou ao saber que eu estava doente e minha médica passou pra outra esfera.
 
Oi San.
Que tempo bom era aquele em que nossos médicos não morriam, lembra? Eram sempre mais velhos, alguns com os cabelos já brancos, aquele ar grave, mas nunca ficavam doentes, e morrer então, nem pensar. Uma das coisas que fazem a gente perceber que o tempo tá passando é quando, cada vez mais, somos atendidos por médicos mais novos que nós. É isso aí.
Estimo as melhoras, como diziam nossos avós. Beijos, pra sarar.
 
Olha, médico mais novo é uma parada. Primeiro, pela falta de experiência. Segundo, por que eles não tem experiência. Terceiro, por serem inexperientes.

Uma vez tive de fazer uma mamografia. Chegando à clínica veio um mediquinho japinha de primeira viagem me atender. Eu entrego a requisição, ele lê, titubeia, me olha de lado, sem encarar. Eu faço cara de "e então???". Ele volta à Terra, me manda entrar na sala onde está o enorme aparelho que fotografa seios. Eu me apavoro. Ele então, nem se fala. 
 
Eu: E aí, doutor? 
Ele: T----ti-ti-ra a bbb-blu-sss-sa, ppor favvor.
Eu começo a desabotoar a blusa, tremendo de pavor, porque não tenho noção de como o aparelho funciona, se dói, não dói, essas coisas. Sem a blusa agora, só sutiãzinho de renda branca. E o doutor nada, mal ergue a cabeça, nem me olha.

Eu (quase chorando de medo): E agora, doutor?
Ele: T-----tititi-ra aaa  lingerie, pppor fav-vor.
Eu (escandalizada): Tirar o sutiã???
Ele faz que sim, sem levantar a cabeça.
 
Tiro. Fico sentadinha, sutiã numa das mãos pendurado, torso nu diante do japinha. E ele nada.
Faço ham-ham. Ele ergue a cabeça, encara a minha amedrontada figura semi-nua, perde um pouco o fôlego, porque agora ele vai ter que tocar em mim, ajeitar o seio debaixo da enorme e fria prancha de metal. Momentos agônicos para nós dois. Eu tremo de medo, ele treme de pavor (whatever), segura meus seio com uma mão, ajeita o aparelho com a outra. Coitado! Juro, começo a ter mais pena dele do que de mim.

Ele, com a cabeça bem pertinho de mim, tentando fazer as coisas direito, suando frio, eu quase sem voz, apenas sussurro: Vai doer?
 
Pra quê! Ele me olha afogueado, tira as mãos devagarinho, parecendo explodir, e sai da sala sem uma palavra, diante do meu olhar atônito.

Instantes depois entra o bom e velho Doutor Fulano, que está na clínica há décadas. Ele me olha, balança a cabeça com um ar de aprovação, como quem diz "okay, vamos ao exame então" (acho) e faz todo o procedimento. Como naquela altura eu já chorava mesmo, ele passa a mão na minha cabeça e nos meus ombros, afetuosamente, e faz shshshs, enquanto procura o melhor ângulo para fotografar o assunto. Vou me acalmando, dou um sorriso tímido e fico-lhe ternamente grata, ele retribui, segurando minha mão, sem perder a fleuma. Tão bonzinho o doutor.
 
Ai, nada como um homem com mãos experientes pra tomar conta de uma situação! Médicos já deviam vir com experiência, de fábrica.

Décadence sans élégance

Axl Rose, em sua eterna fase ligeiramente pós-adolescente, 
sendo imaginariamente beijado por si mesmo.

Axl Rose, PoA, 2010. Mas bah, o cara veio de cowboy. Beto Carrero Fashion, tchê!
Eu preferia ver o palco desabando. I'd rather watch the stage collapse, Axl you fatass!
Doutor Ciro mandou o fraga. Valeus, Doc.

Publicitário diz cada uma!

"Não vire as costas para a disfunção erétil".
E por que não? O que que pode acontecer???

Registre-se que o Lula já falou, sim, alguma verdade

Sua cabeça funciona melhor que a minha.
Lula a Fidel, Cuba, fevereiro 2010. Se seu Inacio alguma vez disse uma verdade na vida, a hora foi essa.

E para o pessoal de Floripa "conequitado" neste blog, o inimitável Nat, cantando toda a glória que são aqueles olhos verdes


Aquellos ojos verdes de mirada serena
dejaron en mi alma eterna sed de amar
Anhelos de caricias de besos y ternuras
de todas las dulzuras que sabían brindar

Aquellos ojos verdes serenos como un lago
en cuyas quietas águas un día me miré
No saben las tristezas que en mi alma han dejado
aquellos ojos verdes que yo nunca besaré olvidaré 

Para Luiz Augusto Valore, essa criatura adorável, com meu carinho e amizade eternos


If you're feelin' sad and lonely
There's a service I can render
Tell the one who loves you only
I can be so warm and tender

Call me, don't be afraid, you can call me
Maybe it's late but just call me
Tell me and I'll be around

When it seems your friends desert you
There's somebody thinking of you
I'm the one who'll never hurt you
Maybe that's because I love you

Now don't forget me 'cause if you let me
I will always stay by you
You've got to trust me, that's how it must be
There's so much that I can do

If you call I'll be right with you
You and I should be together
Take this love I long to give you
I'll be at your side forever

 Louie, não ria do meu Chris Montez, só pra lembrar nossas festinhas tão meigas,
nossa meninice, tudo o que era tão bacana, inclusive a nossa doce e loura amiga Mari, rsrs. Obrigada.

terça-feira, 16 de março de 2010

E para os nossos ouvintes da Rádio Santa Clara, que passam a noite num quarto de hotel a pão de forma e manteiguinha, aí vai a egípcia Laura Fygie cantando Já te Disse Hoje que te Amo? Com um abraço da San, que se faz de egípcia para os vizinhos, veste uma camiseta puída e vai sonhar com a personalidade do príncipe encantado.



Have I told you lately that I love you?
Have I told you there's no one else above you?
Fill my heart with gladness take away all my sadness
Ease my troubles that's what you do

For the morning sun in all it's glory
Greets the day with hope and comfort too
And you fill my life with laughter you can make it better
Ease my troubles that's what you do

There's a love that's divine
And it's yours and it's mine
And it shines like the sun the moon
And at the end of the day
We should give thanks and pray
To The One